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Os nichos turísticos como forma de aproveitar o momento de recessão

29-12-2016

Os nichos de mercado podem ser o melhor caminho para as empresas de turismo alavancarem seus negócios neste momento de recessão econômica, aproveitando que o Brasil tornou-se um destino desejado tanto por turistas estrangeiros quanto por brasileiros, e que a cotação da moeda favorece as viagens pelo País.


Segundo a pesquisa Sondagem do Consumidor, do Ministério do Turismo, em agosto de 2016, 25,4% dos brasileiros na faixa etária acima de 60 anos pretendem viajar nos próximos seis meses - a maioria (59,9%) deverá escolher destinos domésticos. Com tempo disponível e muita animação, eles estão cada vez mais procurando pacotes de viagens que ofereçam programações culturais e recreativas.

 

Para acompanhar essa nova rotina e ajudar no atendimento desse nicho turístico, cartilhas e programas facilitam e estimulam o turismo para o público acima dos 60 anos. No “Viaja Mais Melhor Idade”, projeto do Ministério do Turismo, por exemplo, os idosos podem desfrutar de descontos e vantagens exclusivas nas viagens domésticas - principalmente em épocas de baixa ocupação hoteleira. Os hotéis e restaurantes podem criar seus próprios programas, ou demanda-los de seus sindicatos, seguindo diretrizes estabelecidas para seus negócios. Com algumas adaptações arquitetônicas, como instalação de pisos antiderrapantes, barras de apoio e sinalizações feitas com cores mais fortes e letras maiores, é possível ampliar o atendimento ou conquistar uma fatia deste público - a população de idosos no Brasil está em cerca de 23,5 milhões de pessoas, segundo o IBGE.

 

Um nicho polêmico, porém, rentável, é o LGBT, sigla que identifica o público formado por gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros – que, no Brasil, um dos 10 maiores destinos gay friendly do mundo, têm um potencial financeiro estimado em US$ 133 bilhões. No mundo, este público tem nada menos que US$ 3 trilhões para gastar ao ano - dinheiro que equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) da França. Os números podem estar subestimados, já que nenhum país inclui em seu censo estatísticas sobre a população homossexual. Em 2010, o IBGE descobriu que existem no Brasil ao menos 67,4 mil casais formados por pessoas do mesmo sexo (0,18% da população), mas, hoje, estima-se que este número esteja na casa dos 20 milhões.

 

O Brasil também é destaque em outros nichos. Pesquisa apresentada durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, este ano, apontou o Brasil como um dos melhores destinos turísticos do mundo e o ideal para a prática de aventura – e o melhor: os turistas de aventura e de ecoturismo gastam, em média, US$ 3 mil por viagem, valor que representa quase o dobro da média geral.

 

Turismo de aventura, gastronômico, para idosos, de experiência, LGBT... diversos são os nichos de turismo existentes no Brasil para satisfazer o gosto de cada turista, e a expansão desses tipos funciona como uma saída para aumentar o fluxo de viajantes inclusive em regiões que estão fora dos eixos turísticos já famosos.

 

Fonte: Site da FBHA